Parto de cócoras
O parto de cócoras, a forma mais antiga de dar à luz e ainda comum em algumas aldeias indígenas, volta a conquistar as mulheres urbanas.
É a maneira mais fácil de expulsar o bebê, pois a gravidade puxa o peso para baixo e colabora no trabalho de parto, acelerando a dilatação iniciada pelas contrações. A abertura maior da vagina e da bacia óssea, provocadas pela posição, deixam o canal de parto desimpedido.
A posição de cócoras também aumenta a irrigação sangüínea da pélvis e favorece a distribuição da endorfina na região, um analgésico fabricado pelo próprio organismo da mulher, durante as contrações, para diminuir a dor. Por isso, na grande maioria dos casos, não há necessidade de anestesia neste tipo de parto. Não que ele não doa, mas dói menos e durante menos tempo. Na posição acocorada o bebê nasce, em média, 40% mais rápido que nos partos feitos na posição horizontal.
Como é um parto mais rápido, e que facilita a expulsão, o perigo de uma demora na saída do bebê, que pode causar falta de oxigenação do seu cérebro e outros traumatismos, fica descartado. Quando a cabeça aponta, a mãe faz bastante força - aliás, um desejo inevitável e incontrolável, quando as contrações começam - e a criança desce. Depois de cortar o cordão umbilical, o médico puxa a placenta, que cai naturalmente.
Parto na água
A cada dia que passa, mais mulheres planejam ter seus filhos dessa forma. Como a criança vive durante toda a gravidez no líquido aminiótico, nada mais natural que entre em contato com o mundo externo através da água.
Uma pergunta, porém, é inevitável: "Será que meu filho vai se afogar?".
A resposta é não. Quando nasce, o bebê ainda respira pelo cordão umbilical por pelo menos vinte segundos, durante os quais expande seus pulmõezinhos lentamente. Só quando o cordão para de pulsar é que se deve tirá-lo da água e colocá-lo no peito da mãe.
Para que tudo aconteça num clima de perfeita tranqüilidade, costuma-se preparar a sala de parto com essências aromáticas, luz branca e músicas escolhidas pela mamãe. A água da piscina é aquecida à uma temperatura de 36º C, que atenua a dor das contrações. Na maioria das vezes, não se usa nenhum tipo de anestesia.
Se a mãe está com idéia de fazer este tipo de parto, deve procurar fazer um curso especializado para aprender as técnicas de respiração e relaxamento.
O pai também deve participar deste curso, pois no momento do parto, ele irá entrar junto com a mulher para apoiá-la e massageá-la.
Ao médico, resta somente acompanhar atentamente o desenrolar do trabalho de parto, sem interferir muito.
À medida que aumentam as contrações, é a mulher que determina qual a melhor posição para expulsar seu filho - em pé, de lado, de quatro, ou mesmo de joelhos.
Parto normal
Após a dilatação do colo do útero, que pode durar até dezoito horas na primeira gravidez, a gestante é colocada na posição ginecológica, na mesa de parto, onde o médico controlará todo o trabalho. Lá ela recebe a anestesia, na maioria das vezes, a peridural, que inibe a dor mas não tira a sensação das contrações nem o sentido do tato.
Instrumentos e monitores acompanham passo a passo a evolução do trabalho de parto.
A episiotomia, corte no períneo (região que liga o ânus à vagina), é uma prática que tem três finalidades: facilitar a passagem do bebê, protegê-lo contra o desprendimento brusco e preservar os tecidos da vagina.
Já sob o efeito da anestesia, a mulher é orientada pelo médico para fazer força e começa a expulsar a criança. Quando a cabeça dela aparece, o médico ajuda com as mãos a puxar o resto do corpo para fora.
Depois de nascer, ainda ligada ao cordão umbilical, a criança é colocada sobre o peito da mãe. Somente após, o médico corta o cordão e encaminha a criança à sala de reanimação, onde vai passar pelo primeiro check-up. Enquanto isso, na sala de parto, a placenta é retirada pelo médico, que aproveita o efeito da anestesia para dar os pontos no períneo.
Parto a fórceps
O tempo em que se pensava que o uso de fórceps era sinônimo de trauma e sofrimento, acabou-se. Hoje, esse instrumento cirúrgico tem um papel inverso, aliviando o trabalho do parto e poupando desgastes da mãe e do bebê.
Existem cerca de 500 modelos de fórceps, todos eles compostos de dois ramos (direito e esquerdo) que se dividem em forma de colher, articulação e cabo.
Quando a criança já esta no canal do parto, mas tem dificuldade para sair, o médico introduz os ramos delicadamente na vagina, um de cada vez. As duas partes se encaixam nas têmporas do bebê, que é puxado para fora, ao mesmo tempo em que a mãe faz força para expulsá-lo. Esta técnica é conhecida como fórceps de alívio.
Ao contrário da versão atual, que só traz benefícios, quem metia medo era a antiga, onde o instrumento chamado como "Fórceps alto", era introduzido às escuras na vagina e buscava-se o bebê no útero, provocando sérias lesões, que muitas vezes deixavam graves seqüelas, tanto no bebê como na mãe.
Parto Cesárea
A cesárea, apesar de ser muito realizada nos dias de hoje, é para situações anormais, quando não há chance de a criança nascer naturalmente.
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